Leia o texto non-sense do Seu Abel antes, senão essa não terá sentido algum (como se elas tivessem sentido, né...)
Marcelino
era feio, muito feio. Tinha um cabelo preto e marrom, comprido e
volumoso, sem brilho, com pontas quádruplas e cheiro de mofo. Mas para
ele, isso era normal, o heavy metal era seu estilo de vida e não
importava a opinião de outrém quanto à sua aparência. Seu guarda-roupa
continha apenas camisas pretas, calças rasgadas, um sobretudo velho,
correntes e um par de botas de cano longo, pequenas, que dobravam seus
dedos. Mas ele não se incomodava com isso, nem podia, tinha pouco
dinheiro desde que fugiu de casa, onde moram seus pais, influentes na
sociedade, e sua irmã, uma patricinha que parece ter saído do motel:
toda metidinha.
Com 26 anos, nunca havia namorado ninguém, e
são muitos os que falam que ele nunca deu um beijo. Mas pudera, ninguém
em sã consciência beijaria um clone mal sucedido do Capitão Caverna.
Isso até certo dia, quando Marcelino foi em um show do Pantera, a banda
pela qual ele morreria. E foi ao som de This Love que uma linda menina
o chamou para conversar. Era mais alta que ele, branquinha, olhos
profundamente azuis, uma boneca. Com muito desprezo, ele respondeu às
perguntas da garota, que tentou beijá-lo. Marcelino até que beijou a
menina, mas foi só a banda começar a tocar Cowboys From Hell que ele
gritou alucinadamente, deu uma voadora no peito da garota - que voou no
meio da "rodinha" - e começou a bater nos outros. Definitivamente
Marcelino era desequilibrado. "Caralho! Pantera! Metal extremo!",
gritava o metaleiro.
O show prosseguia, e a cada música
Marcelino ficava mais bitolado. Ele havia prometido a si mesmo que
ficaria grudado na grade só pra ver a banda da sua vida mais de perto.
Mas isso parecia impossível, já que haviam mais de 50.000 pessoas
assistindo o show, e o pobre coitado estava lá no meio. "É hoje ou
nunca", pensou o feio do cabelo mofado. Jogou-se em cima das pessoas
que estavam a sua frente, que empurraram-o para frente. Naquele momento,
Marcelino sentiu-se o Super-Homem. Não importavam os socos que levava
no estômago e no saco, afinal, ele estava chegando mais perto do palco.
E após ter levado muita porrada, Marcelino chegou na grade. Ele mal
podia acreditar que seus ídolos estavam a menos de três metros dele. O
metaleiro do cabelo ruim era empurrado contra a grade, todos passavam a
mão (ou outra coisa) na bunda dele, e ele nem aí, só babava nos solos
de Dimebag, o guitarrista. Marcelino gritou e chorou tanto que acabou
chamando a atenção de Dime, que olhou para o metal-man. "Ele olhou
pra mim!!! Ahhhhhh, o Dimebag olhou pra mim!!! Eu te amo, Dimeeee!!!"
berrou desesperadamente. Dimebag começou a rir e cuspiu na cara dele. O
metaleiro fedido praticamente gozou quando sentiu a baba de Dimebag
escorrendo no seu rosto. Aquele era definitivamente o dia mais feliz da
vida de Marcelino, que colocou um pouco do cuspe de seu ídolo num
copinho de cerveja, e foi feliz da vida para sua casa.
Em casa,
despejou o pouco que sobrou da baba numa taça de cristal que havia
roubado quando saiu de casa, e colocou-a em cima do armário. Exaltado,
chamou todos seu amigos metaleiros para observarem a baba do
guitarrista do Pantera. E em volta da taça ficaram, exaltados,
observando o cuspe.
-Caralho, olha que cuspe mais metal!
-Olha de perto, parece até que tem um pedaço de catarro!
-Puta merda, podes crer!
-E o cheiro?! Tu sente que tem whisky importado! Fodaço!
Marcelino
estava orgulhoso do feito heróico, e acabou fotografando seu objeto de
adoração, além de escrever um relatório sobre a cusparada, incluindo
até em qual música ela havia atingido seu rosto. E ao terminar seu
relatório, Marcelino ficou ainda mais chocado:
-Ouçam isso! A música
que estavam tocando quando a baba caiu em mim era 'Floods'. Floods, em
inglês, é enchente. Enchente tem água! E a baba tem água! Caraca, é
tudo a ver, o Dimebag pensou nisso quando cuspiu em mim!
Maravilhados
com a explicação ridícula de Marcelino, puseram-se a escutar a tal
música. E ficaram o resto da noite ouvindo o mesmo som, até que
dormiram. E assim que amanheceu, Marcelino foi o primeiro a acordar,
para mais uma vez admirar sua querida taça. Mas assim que se aproximou
do seu prêmio, ficou chocado com o que viu: a taça estava cheia de
cuspe e catarro. Era o fim, a baba de Dimebag agora estava impura para
sempre. Revoltado, saiu distribuindo pontapés no estômago de seus
amigos, querendo saber quem foi o estraga-prazeres. Estranhamente,
nenhum dos amigos de Marcelino mexeu-se. Na verdade, estavam todos
mortos!
Desesperado, Marcelino tentou sair de casa para procurar
ajuda. Em vão: todas as portas e janelas estavam trancadas por fora. O
metaleiro fedido encolheu-se num canto e começou a chorar, com medo do
que viria a acontecer com sua vida.
-Eu juro que não faço culto ao diabo, eu só gosto das músicas! Eu viro crente, mas me perdoe, Deus!
E
enquanto realizava sua penitência, um fantasma saiu de trás do sofá.
Marcelino ficou em estado de choque, e nisso o fantasma balbuciou:
-Olá...
Tremendo e com a cueca toda cagada, Marcelino respondeu:
-Que... quem é você?
-Sou um fantasma que só quer vingança...
-Mas eu não te fiz nada! E meus amigos?! O que houve com eles?!
-Sim, fez. Fez adoração à baba e ao catarro... e eu matei seus amigos, morreram engasgados.
-Não! Desgraçado!
O fantasma, escarrando na cara de Marcelino, fala:
-Rrrrrrrrrr... desgraçado não, meu nome é Seu Abel.
Texto Nonsense - Marcelino
domingo, 16 de novembro de 2008, by Fabricio von
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3 mongolices:
"hãhãhãhãhãhãhã, sou muito criativo, duuuhhhhhh..."
puta merdaa
ri mtoo com esse texto huahuauh
seu Abel de volta hahahahaha
se ferro coitasdo do metalero de cabelo mofado =Pp
kkkkk bacana