sábado, 6 de novembro de 2004, by Fabricio von

Calor. Eu na calçada, descansando na sombra, e no asfalto o animalzinho pulava de tanto calor. Fiquei observando. O bichinho andava desnorteado, não conseguia achar uma sombra para poder aliviar-se. Continuei observando. E o animal começou a mexer-se mais devagar, até que deitou-se com a barriguinha para cima e ficou esperneando, cada vez mais lânguido. Senti-me penalizado e responsável, não poderia deixar o pobre bicho ali, derretendo no Sol escaldante. Chutei-o até a sombra, mas já era tarde demais: estava morto. Fiquei ali olhando aquele cadáver, pensando no que iria fazer, então joguei-o dentro do bueiro. Pois é, pela primeira vez na vida tive pena de uma barata.


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Nenhuma mongolice! Que derrota!