quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004, by Fabricio von

Eu tenho imã para atrair gente estranha, não é possível. Ontem de noite, depois da choppada dos calouros (uhuuuwww) eu fui andando a pé pelo centro da cidade pra fazer hora e ficar admirando a noite. Daí parei no ponto de ônibus perto da praça e me sentei. Poucos segundos depois aparece um sujeito todo errado (provavelmente chapado), que começou a puxar papo:
-Pegar ônivuzzzz...
-É...
-Vai bra onde?
-Mosela...
-Zóó...
Após um minuto de delírio girando em volta de sí mesmo, ele me enche o saco de novo:
-Eu tou malzzzz...
-É, dá pra perceber...
-Não, é zério... zu é meu amigo...
-Ah...
-Pão cum montanzeeeela...
-...
-Zzzaaa zuuuuvra?!
-Ahm?!
-Zaaa... Vai bra onde?
-Mosela...
-Zóó...
E ficou gemendo por mais uns 10 minutos, e eu concordando com tudo que ele tentava falar. Todo mundo do ponto do ônibus tava rindo, mas não sei se riam do bêbado ou da situação constrangedora na qual eu me encontrava. Ele olhava pra praça, gritava, olhava pra mim, me chamava de amigo, levantava, sentava, alisava um cachorro, não tinha sossego. Finalmente, meu ônibus chega e, quando me levanto, ele fala:
-Oww! Ó... zú me ajudou ba caralio... zú é meu amiiiigo...
-Legal... tchau!
-Oww! Esquezeu o gajorro! Leva o gajorro!
-Num é meu não...
-Zadinho... vo de levar pra gaza então...
E de dentro do ônibus todo mundo ficou observando o maluco agarrando o cachorro. O bichinho relutava pra se livrar das garras do maluco, que continuava gritando como se respondesse o "seu" cãozinho. Tudo isso só pode significar uma coisa: sangue na corrente alcoólica.


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Nenhuma mongolice! Que derrota!