Decoração de Natal

Ah, o Natal! A tão esperada data comemorativa do nascimento de Jesus - para aqueles que não viram Zeitgeist e/ou não conhecem a história do Egito antigo - e também para aqueles que só pensam em encher a pança com aquela vastidão de comida que faz entupir suas não tão queridas veias e arterias. Seja qual for o seu caso, você provavelmente está aí pensando em presentes para comprar, enfeites para decorar sua casa, lampadazinhas para aumentar sua conta de luz. E o mais legal do Natal é justamente isso, os preparativos, as contas que se faz para ver se seu 13º salário vai dar para pagar as despesas extras. Até porque na virada da véspera para o dia 25, todo mundo grita "Feliz Natal!", enche o rabo (no bom sentido) de comida, fica morgando no sofá passando mal com a quantidade enorme de comida ingerida e desmaia no sofá. E quando o tio gordo acorda já são 15h, e ele fica soltando frases do tipo "poxa, ainda é dia 25, mas nem parece Natal... só ano que vem agora". Por isso eu valorizo mais os preparativos e a decoração. E é justamente sobre decoração e presentes que vou escrever. Se eu tenho boas lembranças da minha infância - me sinto um velho falando assim - é quando saia pra fazer compras de Natal. Eu ficava alucinado vendo aquelas lojas de brinquedos, chorava porque queria tudo, parava de chorar quando ganhava qualquer coisa e sorria feito um idiota quando via um velho gordo vestido de Papai Noel que me dava balas meladas.

Eu também adorava quando ia em alguma loja de festas com minha mãe e ficava lá por um bom tempo escolhendo os enfeites para colocar nas portas da casa e na árvore de natal. Aliás, a árvore era o maior atrativo, até porque eu sempre queria ter uma 'árvore de verdade', e lá iam meus pais contribuir para o desmatamento ambiental e compravam um pinheiro de verdade na feira. Todo ano era a mesma coisa: eu subia em uma cadeira com uma fita métrica e media a pobre da árvore de cima em baixo: se ela tivesse mais de dois metros, eu ficava satisfeito (criança chata e exigente ainda por cima, aff). Eu também escrevia cartas para o Papai Noel e, para a infelicidade monetária de meus pais, eu pedia sempre Lego, que é um brinquedo caro pra porra. Fato é que meus Natais sempre foram felizes, até mesmo naquele que minha mãe me fez pendurar minha chupeta na árvore de Natal para o Papai Noel leva-la em troca de um aeroporto de Lego.

Hoje a magia já não é tanta, até porque descobri que:
- Papai Noel não existe (desculpem-me, crianças);
- Menino Jesus também não existiu (desculpem-me, católicos... acredite quem quiser);
- O Grinch também não existe (droga, eu sempre gostei da sua malevolência);
- Macaulay Culkin é um drogado (Esqueceram de Mim influenciava meus Natais, seu desgraçado);
- Coelhinho da Páscoa não existe (suas vidas são cheias de mentiras, crianças).

Mas tudo bem. Ainda há lâmpadas pisca-pisca, presentes, cartões de Natal e... MUITA COMIDA! \o/


Foto: Natal passado, minha árvore - de plástico e com menos de 2 metros, snif - e minha gorda orelhuda.