Tou arrependido. Quando eu tava indo pro estágio ontem, eu achei uma nota de um real boiando numa baita de uma poça d'água no canto da rua. Parei e fiquei ali, pego ou não pego? Pensei em enfiar a mão, mas a água era tão escura e pegajosa que fiquei pensando se realmente valia a pena sujar a mão por um real. Deixei a nota pra lá e andei um pouco. Parei de novo e voltei decidido a pegar a nota, afinal, não é todo dia que se acha dinheiro na rua. Desta vez catei um galho de árvore que achei no chão e fui me esticando pra alcançar a nota e, apesar de algum esforço, consegui puxá-la pra beira da calçada. E de novo bateu o nojo... a nota parecia um papel higiênico molhado, nojenta mesmo. Fiquei puto, liguei o foda-se e empurrei o dinheiro de novo pra poça, afinal, um real não me faria a diferença. Passaram-se quatro horas, saí do estágio e fui andando pro centro da cidade. E eis que num beco surge um camelô vendendo CDs, uma coisa meio rara por aqui. "3 por 10 reau, é pra acabá!", ele gritava. Quando fui ver os CDs eu fiquei maluco: tinha um monte de CDs de bandas que eu gosto. Escolhi 3 Cds, e na hora que eu abri a carteira, o que eu encontro? Uma nota de cinco e quatro de um... puta que pariu, fiquei muito puto! Acabou que comprei só dois, e de noite quando passei pelo mesmo lugar o maldito camelô não tava mais ali. Culpa do prefeito que não dá um jeito nessas ruas quem ficam empoçando água...
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Nenhuma mongolice! Que derrota!