sexta-feira, 19 de setembro de 2003, by Fabricio von

Não bastava o cara cantarolando pagode do meu lado dentro do ônibus, tinha que entrar uma legião de seres humanos antigos pela porta da frente. Uma velha veio na minha direção, e me cutucou com um guarda-chuva:

Velha: -Deixa eu sentar.
Eu: -Tem mais bancos vazios, senhora.
Velha: -Não! Esse é meu banco! (cutucando)
Eu: -Quê?
Velha: -Anda, sai do meu banco, eu quero sentar! (cutucando)
Eu: -Eu não vou me levantar, tem mais lugares pra senhora se sentar! Até o banco de gestantes e idosos tá vazio.
Velha: -Não interessa! Eu só sento nesse banco! Levanta logo, deixa eu sentar! Eu tou muito cansada! (cutucando)
Eu: -Ah, eu também tou cansado, e vou ficar aqui.
Velha: -Menino mal educado! Não respeita os idosos!


E foi a velha em pé resmungando a viagem toda. Tomá no cu, rapá! Agora ônibus tem assento númerado que nem avião? Num deixo sentar não, que morra de dor nas pernas. Já não paga passagem, e agora quer banco exclusivo? Se quer mordomia vai andar de taxi, cassete! É por este e outros motivos que sempre fui a favor de um ônibus circular exclusivo pra idosos e estudantes. Não quer esperar por ele? Ótimo, pague a passagem! Num é por mal não, mas velho e estudante de primário só servem pra encher o saco dentro do já indigesto coletivo.


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Nenhuma mongolice! Que derrota!